Ficha de artigo : 435724
PENDENTE DE DUAS PINTURAS. "JOSÉ VENDIDO PELOS IRMÃOS, o pagamento e a entrega ao comerciante".
Autor : SCUOLA GENOVESE DEL XVII SECOLO
Época: Século XVII
Medidas A x L x P   
ESCOLA GENOVESA DO SÉCULO XVII. Pendente de pinturas, a óleo sobre tela reentelada. Uma restauração de limpeza tornaria as pinturas mais legíveis e aumentaria seu valor comercial. Medidas da tela: 72x97 cm com moldura de 90x114 cm. ANÁLISE PICTÓRICA José vendido pelos irmãos é um tema pictórico muito difundido na escola genovesa do século XVII, com obras atribuídas a diversos artistas, entre os quais Domenico Fiasella, Giovanni Andrea De Ferrari e Luca Saltarello. A escola genovesa do século XVII foi capaz de concretizar de modo excelente as emoções e o intimismo da religião. O artista destas duas obras está compreensivelmente ligado ao protagonismo da grande decoração barroca genovesa. Essas imagens energicamente envoltas por um claro-escuro naturalista dominado por tons castanhos e intensos (característico resgate do "caravaggismo") representam um drama no seu auge: José, filho predileto de Jacó, é vendido por seus irmãos a uma caravana de mercadores ismaelitas em viagem para o Egito (Gênesis, 37: 12-28). As pinceladas rápidas que descrevem as vestes e os cocares exóticos dão corpo e estrutura à matéria pictórica: O camelo representado ao fundo na pintura N.2 é uma clara referência à passagem da caravana dos mercadores. Aqui, o artista escolheu indubitavelmente uma escala cromática reduzida para se adaptar à atmosfera sombria desta tragédia familiar inspirada no Antigo Testamento. A cena enquadrada de perto com os personagens em meio corpo e a gestualidade expressiva são características estilísticas do nosso artista, que manifesta nesta obra um barroco silencioso, em vez de espetacular, em concordância com a dor contida do pequeno José. REFERÊNCIAS BÍBLICAS Nas duas pinturas, o episódio da venda de José é descrito como uma sequência cinematográfica: no primeiro, os irmãos recebem o dinheiro dos mercadores, no segundo, os mercadores o levam embora. Este modo de representar a cena nos faz supor que as duas obras faziam parte de um ciclo mais amplo, descrevendo a inteira e complexa história de José. Na primeira pintura notamos como o pintor soube descrever nos rostos dos irmãos a mistura de satisfação e de avidez e no rosto do mercador uma espécie de compaixão pelo menino. Na segunda pintura a cena ganha movimento e está bem descrito o desespero do menino que quase incrédulo tenta agarrar-se a um dos irmãos. Neste pendente é narrado um episódio da história de José inspirado no “Gênesis 37”, segundo a divulgação da tradição javista, que vê a venda direta por parte dos irmãos e não aquela mais oficial eloísta, que diz: Eles o viram de longe e, antes que chegasse perto deles, conspiraram para matá-lo. E disseram um ao outro: "Eis que vem o sonhador! Vamos matá-lo e jogá-lo em alguma cisterna! Então diremos: Uma fera o devorou!"... Então Judá disse aos irmãos: "Que ganho há em matar nosso irmão e esconder seu sangue? Vamos vendê-lo aos ismaelitas e a nossa mão não seja contra ele, porque ele é nosso irmão e nossa carne". Seus irmãos o ouviram. Passaram alguns mercadores midianitas; eles puxaram e retiraram José da cisterna e por vinte siclos de prata venderam José aos ismaelitas. Assim, José foi conduzido ao Egito.
Antichità Santoro 
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