Ficha de artigo : 372660
ALBERTO SUGHI “Esposa e Marido 1967”.
Autor : Alberto Sughi
Época: Anos 60
Medidas A x L x P   
Alberto Sughi (Cesena 1928 - Bolonha 2012). Óleo sobre tela, em excelente estado de conservação, examinado com lâmpada de Wood não apresenta restaurações. Medidas da tela 140x140. Mais moldura 165x165 No verso: assinatura SUGHI 1967 "esposa e marido"; e etiquetas da Galleria Forni e da exposição realizada em Palermo no Palazzo Sant'Elia. Expoente dos pintores italianos do “realismo existencial”, Alberto Sughi dedicou toda a sua obra aos temas da solidão humana: da incomunicabilidade, da impossibilidade de um diálogo, da alienação e, no fundo, de uma dificuldade de viver. Temas que com ele extrapolam precisas condições sociais, políticas e civis para se constituírem como um mal interior de todos os tempos e de todas as estações do homem. Seu trabalho prossegue por ciclos dentro dos quais empreende e conclui temas iconográficos específicos e mutações estilísticas. Na obra em questão estamos no pleno realismo existencial, período em que o artista encena momentos da vida cotidiana sem heróis. Enrico Crispolti, em 1956, enquadrou, de fato, sua pintura no âmbito do realismo existencial. dedica-se a uma pesquisa figurativa pessoal dedicada ao mal-estar interno do homem e da sociedade. As periferias das grandes cidades – que deveriam ser elemento de socialização e, em vez disso, se mostram lugares de solidão individual – e figuras humanas solitárias e sem meta são seus assuntos preferidos. Em 1956 realizou sua primeira exposição individual em Roma. Crônica social e melancolia existencial são os temas também das obras que expõe em 1958 em Milão e novamente em Roma. Seus quadros se tornam cada vez mais sombrios e o relato adquire tons gélidos e ásperos. No início dos anos Sessenta, a obra de Sughi registra influências significativas de Francis Bacon, tanto nas deformações físicas dos sujeitos retratados quanto nas ambientações espaciais. Seu trabalho prossegue por ciclos dentro dos quais empreende e conclui temas iconográficos específicos e mutações estilísticas. De 1971-1973 são as chamadas “pinturas verdes” dedicadas à relação homem-natureza; de 1975-1976 é o ciclo “A ceia”; do início dos anos Oitenta é a série “Imaginação e memória da família”; desde 1985 trabalha no tema denominado “A noite”: uma amarga reflexão do artista sobre seu próprio papel e sobre o valor da própria existência em uma sociedade em que as respostas aos eternos medos e expectativas do homem são buscadas unicamente no dinheiro, na política e na ciência. Ao tema da marginalidade da arte são dedicadas suas últimas obras. Entre as inúmeras exposições individuais de Sughi, destacam-se: Reggia di Caserta (1984); mostra antológica no Museu Nacional de Castel Sant'Angelo (Roma 1986) depois transferida para Budapeste e Praga; Ferrara (1989); São Paulo do Brasil (1994); Urbino (2000); Florença, Sansepolcro e Cesena (2003); Ravenna (2004); Parma (2005); Cesena (2007); Roma, Complesso del Vittoriano, (2007). Os maiores historiadores e críticos de arte, de Mario De Micheli e Enrico Crispolti até Maurizio Calvesi e Vittorio Sgarbi, se interessaram por seu trabalho.
Antichità Santoro 
Via Nazario Sauro 14 
40121 Bologna BO (Bologna)  Italia